O sistema digestivo abrange diversas áreas ecológicas, os chamados microbiomas ou áreas bióticas, que se distribuem pelo tubo digestivo: boca, duodeno, estômago, intestino delgado, cólon, etc. Estas áreas bióticas abrigam espécies microbianas da microbiota intestinal que, por tropismo com um órgão, se fixam nele.
Longe de ser homogénea, a concentração destes microrganismos varia significativamente consoante a sua localização. Tendo o seu ponto máximo no cólon, permanece baixa na parte superior do tubo digestivo (esófago, estômago) [1].
A baixa concentração de bactérias no estômago é explicada pela extrema acidez dos sucos gástricos. Mas quando se fala de baixa concentração, isso não quer dizer que haja ausência de bactérias. Este ambiente oxigenado e ácido, que os cientistas, até a década de 1980, pensavam ser estéril, abriga, por cada mililitro, 10 a 1000 bactérias específicas do estômago, entre as quais, a mais conhecida: a Helicobacter pylori.
A parede do estômago é constituída por camadas de músculos contrácteis, que agitam os alimentos, cortando-os em pedaços menores. Para isso, segrega enzimas digestivas e ácido clorídrico, mas também um muco que protege a mucosa gástrica da acidez.
O estômago, na sua fase digestiva, tem outros papéis, que não apenas dissecar os alimentos: funções endócrinas, fisiológicas, biológicas, imunológicas e microbianas... As bactérias nele presentes contribuem para o seu bom desenvolvimento. As espécies Lactobacillus pentosus e Lactobacillus reuteri têm um forte tropismo com o estômago.
Como qualquer ecossistema do corpo humano, a microbiota gástrica mantém o seu equilíbrio, graças a dois elementos: colónias bacterianas, cujas respetivas proporções garantem a transformação dos nutrientes, e uma mucosa saudável. Os fatores exógenos são suscetíveis de levar a uma diminuição do número de células especializadas que a compõem: agressões externas, consumo de álcool, stress, certos medicamentos, refeições desequilibradas, etc. O desconforto gástrico pode refletir essa fragilidade da mucosa.
Boca pastosa, esófago sensível, desconforto gástrico que evolui para inchaço, alterações do trânsito intestinal, podem significar uma digestão difícil. O equilíbrio da flora local (estômago, intestino delgado, cólon) do aparelho digestivo tem influência sobre as fases da digestão.
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Referência bibliográfica
1 - Jérôme Simon "A microbiota intestinal: um 'órgão' pouco conhecido." Ciências da Vida [q-bio]. 2016. ffdumas-01758719f
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