Afrontamentos, perturbações do sono, perda de massa muscular, apesar do aumento da gordura abdominal, perturbações do apetite e do humor, diminuição da libido, etc. Geralmente associados à menopausa nas mulheres, estes sinais aparecem igualmente nos homens na altura da andropausa. De que forma a alimentação e o estilo de vida podem acompanhar estas alterações hormonais?
Na lista das hormonas sexuais, a testosterona é indubitavelmente a mais conhecida, porquanto é responsável pelas características "masculinas" de um indivíduo. Tem funções-chave no desenvolvimento dos órgãos sexuais, na produção de esperma, na libido, na formação de tecidos como os músculos e os ossos, no sistema capilar, na voz, etc. Além disso, aumenta o metabolismo basal e intervém no metabolismo dos hidratos de carbono e dos lípidos.
A presença de testosterona no organismo depende fundamentalmente da produção das hormonas FSH, LH e prolactina pela hipófise, uma pequena glândula que existe sob o cérebro. Cada uma destas hormonas tem a sua própria função no homem:
Com a idade, regista-se uma diminuição da função testicular e uma alteração da função hipofisária, facto que conduz naturalmente a uma diminuição dos níveis de testosterona. Além disso, os níveis da proteína que transporta a testosterona (SHBG) aumentam, ligando-se à testosterona e perturbando a sua ação.
Além da andropausa resultante do processo natural de envelhecimento, há muitas outras causas de diminuição da testosterona ativa em qualquer idade: stress, excesso de peso, perturbações do sono, obesidade, doenças metabólicas, etc.
São muitos, alguns deles muito pequenos, enquanto outros são incapacitantes em certos aspetos da vida.
Porém, são idênticos aos efeitos sentidos pelas mulheres:
Os seres vivos estão sujeitos ao envelhecimento. Além disso, todos os homens e todas as mulheres sofrem uma alteração hormonal importante numa determinada idade. Enquanto para as mulheres o início da menopausa ocorre geralmente entre os 45 e os 55 anos, para os homens os sinais clínicos da andropausa aparecem, em média, perto dos 65 anos.
A andropausa e a menopausa seguem um processo quase idêntico e bastante lento. Lentamente, regista-se uma redução da produção de hormonas sexuais. Embora a duração média para os homens seja de 7,5 anos, pensa-se que a diminuição da secreção de testosterona começa logo aos 40 anos. Os sinais só se manifestam mais tarde.
Tudo depende do seu estado hormonal e, claro, do seu estado mental, mas a partir dos quarenta anos, muitos homens notam uma diminuição do desejo. Este fenómeno resulta com frequência do aumento do stress, das múltiplas obrigações, da fadiga, do excesso de peso ou de problemas metabólicos.
Não é possível curar a andropausa, porquanto não se trata de uma doença, mas sim de um processo natural de envelhecimento. Os maus hábitos de vida podem acelerar este fenómeno ou aumentar o seu impacto. Uma consulta com um profissional de saúde pode ajudar a fazer um balanço e a ajustar o seu estilo de vida para recuperar o seu bem-estar.
Para alguns profissionais, "andropausa" é um termo incorreto. Em alternativa, deveríamos falar de deficiência androgénica relacionada com a idade (DARI), porque os sinais são muito aleatórios e progressivos. Porém, um teste simples designado por questionário ADAM pode ajudar a fazer as perguntas corretas. Os níveis hormonais (LH, FSH e prolactina) podem confirmar ou refutar o estado hormonal em qualquer momento, como um exame prévio da próstata.
A alimentação proporciona ao organismo os nutrientes de que este necessita, com base na idade, estado de saúde e problemas específicos. Independentemente de a andropausa afetar ou não a qualidade de vida, uma alimentação saudável é a melhor forma de retardar os efeitos do envelhecimento celular e de reduzir os fatores de risco:
Os medicamentos à base de plantas e os suplementos alimentares proporcionam ingredientes ativos interessantes no acompanhamento dos sintomas da andropausa:
Ioga, Qi gong, relaxamento, coerência cardíaca ou sofrologia, etc., as técnicas de gestão do stress por via do relaxamento ou da respiração demonstraram ser úteis em situações de stress. Porém, tanto o bem-estar como a imagem podem ser afetados pelos incómodos da idade. A prática regular de desporto tem um efeito positivo no ossos e articulações, assim como na saúde cardiovascular. Por isso, não há necessidade de se privar de atividades de lazer que acalmam, relaxam e melhoram a sua imagem.